Portal Fator Brasil - 25/08/2018

São Paulo — Atendendo a demanda da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) e outras entidades do setor elétrico, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a intenção de reforçar, até o final deste mês, o financiamento a projetos de micro e mini Geração Distribuída (GD) de energia renovável.

O orçamento inicial deverá ser de R$ 1 bilhão, por intermédio da linha Finame Energias Renováveis, destinada a pessoas jurídicas. No início deste mês, a Cogen havia promovido um evento com uma apresentação do gerente de estudos setoriais na área de energia de BNDES, Alexandre Siciliano Esposito, para falar sobre as formas de apoio do banco à cogeração e GD.

A Finame Energias Renováveis atenderá apenas as pessoas jurídicas, de qualquer porte, e o BNDES poderá expandir o orçamento inicial, conforme a demanda. O custo básico será a Taxa de Longo Prazo (TLP), com juros finais de cerca de 10% ao ano, sem contar o spread do banco repassador. O prazo total chega a dez anos, com carência de dois.

Outra medida em andamento é a negociação para liberar mais R$ 208 milhões do Fundo Clima, oriundos do Ministério do Meio Ambiente, para pessoas físicas. As condições foram mantidas: taxa de juros final de 4,03% a 4,55% ao ano, com carência até 24 meses e prazo total de pagamento de 12 anos.

"Com essas medidas, o BNDES emite um sinal claro de que a instituição aposta no desenvolvimento da forma mais eficiente de gerar energia ao destinar recursos para projetos de micro e mini GD, tanto para pessoas jurídicas como físicas. Ficamos felizes em perceber que o banco está sensível às nossas demandas", afirma o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte.

Evento na Cogen — No dia 9 de agosto, o gerente de estudos setoriais na área de energia de BNDES, Alexandre Siciliano Esposito, participou de evento promovido pela Cogen para apresentar as linhas de financiamento voltadas para o setor em operações diretas e indiretas e as respectivas condições (finalidades, elegibilidade, taxas, carência, prazos).

Entre as linhas apresentadas estão a Finem, com linhas de financiamento a partir de R$ 20 milhões para expansão e modernização da infraestrutura de geração de energia a partir de fontes renováveis e termelétricas a gás natural no País, e a Finame, voltada ao financiamento à aquisição e à produção de máquinas e equipamentos com maiores índices de eficiência energética ou que contribuam para a redução de emissão de gases do efeito estufa.

Esposito também falou sobre o Fundo Clima, de apoio a projetos relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima. | www.bndes.gov.br