Carga deverá ter crescimento médio de 3,4% até 2026

Previsão é do Planejamento Anual da Operação Energética - Ciclo 2022 que vai até 2022, elaborado pelo ONS, CCEE e EPE

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP) COMPARTILHAR

A previsão de crescimento médio da carga para os próximos cinco anos é de 3,4%. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 30 de novembro pelo ONS, CCEE e EPE, as instituições responsáveis pela previsão de carga para o Planejamento Anual da Operação Energética – Ciclo 2022, que vai até 2026. Em 2022, a projeção é de aumento de 2,7% na carga, considerando um crescimento de 1,3% no Produto Interno Bruto.

Essa nova projeção representa uma desaceleração do consumo já que a previsão na segunda revisão quadrimestral para o ano que vem era de expansão de 3,4%. A projeção de crescimento do PIB para 2022 foi revisada de 2,3% para 1,3%.

De acordo com o comunicado oficial das entidades, dentre as principais premissas consideradas para o curto prazo indicam que a economia brasileira segue em recuperação. Porém, em intensidade e ritmo inferior ao observado no 1º semestre deste ano. A projeção é que no 2º semestre de 2021, os serviços cresçam de forma mais intensa, em linha com o processo de reabertura da economia. Ao mesmo tempo a política monetária mais restritiva em função da elevada inflação, deve trazer impactos negativos à atividade econômica, sobretudo em 2022.

Apesar de o mercado de trabalho seguir em processo de recuperação gradual, há incertezas relacionadas à situação fiscal, que também podem afetar a confiança dos agentes e, consequentemente, a atividade econômica.

Já para médio prazo, os principais pontos destacados são o ambiente de maior estabilidade econômica, com recuperação da confiança dos agentes e uma maior expansão da demanda interna e, consequentemente, do PIB. Contudo, ressalta que as taxas de crescimento da economia foram revisadas para baixo por conta das taxas de juros mais pressionadas e da maior incerteza fiscal.

“São riscos importantes para a concretização do cenário: a evolução da pandemia, o eventual surgimento de novas variantes do vírus com novas ondas de contaminação e restrições, o encaminhamento das questões fiscais, a dinâmica inflacionária e incertezas políticas e econômicas”, aponta o comunicado.

Até o final deste ano, a expectativa é que a carga alcance o valor de 69.475 MW médios significando um crescimento de 3,9% em relação ao verificado em 2020, e um desvio negativo de 465 MW médios em relação à previsão da 2ª revisão quadrimestral de 2021.

Veja a previsão de crescimento dos próximos cinco anos por submercado:

Fonte: Planejamento Anual da Operação Energética – Ciclo 2022 – ONS, CCEE e EPE