Consumo de gás natural cresce e indica retomada do mercado

A arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do gás natural é uma receita importante para os cofres públicos do Estado.


Correio do Estado - RECEITAS


Apesar de muitas companhias terem amargado queda bruta de faturamento durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGás) sentiu menos os impactos.

Segundo dados da companhia, em janeiro, o consumo total dos segmentos industrial, veicular, comercial, residencial e cogeração foi de 565.391 metros cúbicos.

Já em junho, o consumo chegou a 570.660 metros cúbicos, aumento de 0,9%.

De acordo com o diretor-presidente da MSGás, Rui Pires dos Santos, em vários estados o consumo de gás natural caiu de maneira significativa, principalmente aqueles que têm o foco principal na comercialização do gás natural veicular.

“Falando especificamente de MS, tivemos uma queda no consumo, mas não causou uma redução significativa no faturamento da MSGás. Isso porque os nossos maiores clientes continuaram produzindo e consumindo o gás natural. Aqueles clientes que, eventualmente, estejam tendo dificuldade para pagar, nós estamos renegociando as dívidas, avaliando caso a caso”, informou Santos.

Dados da companhia apontam que em seis meses houve queda de 22% no segmento comercial (bares, restaurantes e similares) e crescimento de 59% no segmento residencial.

Conforme apurou o Correio do Estado, muitas companhias brasileiras precisaram de socorro financeiro para sobreviver, pois o custo para manter uma distribuidora é muito alto.

A MSGás não precisou das mesmas condições e tem se mantido com as próprias pernas. O que sustenta o consumo de gás no Estado são as indústrias de celulose, que mantiveram a produção.