ONS: carga desacelera, mas previsão ainda é de crescimento

A primeira revisão do PMO de setembro aponta que a demanda deverá aumentar em 0,5% na comparação com o mesmo período do ano passado

MAURÍCIO GODOI, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DE SÃO PAULO (SP) COMPARTILHAR

A previsão de consumo de energia no país para este mês desacelerou, mas ainda mostra uma expansão de 0,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A informação veio na primeira revisão semanal do PMO, divulgado nesta sexta-feira, 4 de setembro, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. Se a previsão se confirmar serão 67.135 ME médios. Enquanto no Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste há expectativa de quedas de 0,8%e de 0,5%, no Sul e Norte a expectativa é de crescimento de 5% e de 3%.

Em todo o país a projeção é de vazões abaixo da média. É esperada energia natural afluente de 77% no SE/CO, de 72% no Sul, 74% no Norte e de 68% no NE do país. Comparado com a semana passada, a versão original do documento do ONS, a variação não é expressiva.

O nível de reservatórios para o final de setembro é projetado em 36,3% no SE/CO, 54,2% no Sul, 62,7% no NE e de 51,7% no Norte do país.

Já o custo marginal de operação médio aumentou em todo o país e continua com descolamento. No NE está em R$ 53,90/MWh, reflexo de valores no patamar de carga pesada em R$ 55,39/MWh, média em R$ 53,82/MWh e leve em R$ 53,29/MWh. Já nos demais submercados o CMO médio é de R$ 70,47/MWh, com a carga pesada em R$ 72,40/MWh, a média em R$ 71,1/MWh e a leve em R$ 69,39/MWh.

A previsão de despacho térmico na semana é de 4.775 MW médios, sendo que o maior volume é por inflexibilidade com 4.056 MW médios. Por ordem de mérito a expectativa é de 372 MW médios e outros 347 MW médios por restrição elétrica.