Pauta da CCEE terá quatro temas prioritários em 2021

Além de formação de preços, segurança de mercado, modernização da matriz e abertura de mercado, Câmara ainda deverá definir mais um tema para o ano que vem

PEDRO AJURÉLIO TEIXEIRA, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DO RIO DE JANEIRO (RJ) COMPARTILHAR

O presidente do conselho da  Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Rui Altieri,  afirmou que a instituição quer pautar o ano de 2021 com quatro temáticas. Depois da resolução do tema do GSF, que ele vinha apontando como a principal prioridade da entidade desde 2019, agora a CCEE vê como temas a atuar a formação de preços, da segurança de mercado, da modernização da matriz e a abertura de mercado. Além destes a entidade deverá indicar mais um tema a ser escolhido, mas ele ainda não foi definido.

Altieri se mostrou animado para 2021, durante o podcast da CCEE, Interligados, lembrou que a organização está pautando muitas discussões do setor, o que classificou como positivo. Ele considerou o tema do GSF como encaminhado para a solução, mas demonstrou preocupação com a hidrologia para o período úmido. Segundo ele, o PLD alto traz implicações nas liquidações, com possíveis inadimplências.

A liquidação do mercado de curto prazo de setembro movimentou em torno de R$ 600 milhões, enquanto a de outubro ficou em cerca R$ 2 bilhões devido à alta do PLD. A de novembro poderá ainda ser maior. Para ele, é preciso pensar em uma solução estrutural para quando as chuvas não forem satisfatórias, indo além da questão do atendimento, mas pelos impactos causados. “Não podemos passar por isso”, disse.

A necessidade do aumento na segurança do mercado foi reforçada pelo presidente do conselho. No início  de dezembro, foi determinada a  operação assistida da comercializadora Alfa, por não conseguir honrar seus contratos. “Estamos correndo um risco de passarmos por um cenário parecido com ode fevereiro de 2019′, alerta. Altieri lembra que nessa ocasião, a CCEE fez uma série de sugestões de mecanismos para mitigar eventos como  esses.

Sobre a aplicação do preço horário, que começa em janeiro de 2021, as expectativas são boas. Considerando o 1º de janeiro como uma ‘data histórica’, o ano de 2020 foi importante para que todos os stakeholders se ajustassem para esse momento. “A CCEE está pronta e grande parte do mercado também”, aponta Altieri, que citou a atuação da conselheira Talita Porto no tema.