Shell quer investir R$ 3 bilhões em geração até 2025

Fonte Solar deve liderar investimentos renováveis. Shell Energy vai comercializar gás e energia de renováveis

PEDRO AURÉLIO TEIXEIRA, DA AGÊNCIA CANALENERGIA, DO RIO DE JANEIRO COMPARTILHAR IMPRIMIR ADICIONAR A FAVORITOS

A Shell anunciou nesta terça-feira, 21 de setembro, o lançamento da Shell Energy, marca global do grupo para projetos de transição energética e descarbonização, com ênfase na comercialização de gás, energia e produtos ambientais, como certificados de energia renovável e compensação de carbono. A promessa é de investir R$ 3 bilhões no país em projetos de geração até 2025.  A empresa implanta a térmica Marlim Azul ( RJ – 565 MW) que entra em operação em 2023 e deve receber uma parte desses recursos.

De acordo com o diretor de novos negócios da empresa, Guilherme Perdigão, a meta da empresa é no mundo sair dos atuais 255 TWh comercializados por ano para chegar em 560 TWh em 2030. “O Brasil tem papel fundamental, é uma das quatro regiões prioritárias do grupo, junto com EUA, Austrália e Europa Ocidental’, explica.

A fonte solar será uma das protagonistas na Shell Energy, recebendo a maior parte dos recursos já que os projetos da fonte são os mais desenvolvidos. A Shell atualmente tem cerca de 2,7 GW em um portfólio solar em desenvolvimento e quer chegar até dezembro de 2021 com 4,7 GW. Em julho já havia sido anunciado a assinatura de um termo de cooperação com a Gerdau para o desenvolvimento de um parque fotovoltaico de 190 MW em Brasilândia de Minas (MG). O parque Aquarii fornecerá parte da energia para a produção de aço da Gerdau e outra para ser comercializada no mercado livre através pela comercializadora da Shell, a partir de 2024.

A Shell Energy faz parte da  meta da Shell de zerar as emissões líquidas até 2050, além de oferecer soluções em energia que levem empresas em governos a alcançar as metas do Acordo de Paris. Segundo Maria Gabriela Oliveira, gerente de desenvolvimento de projetos renováveis da Shell, esse ano a empresa também deve buscar o desenvolvimento de ativos de energia eólica offshore, aguardando a publicação pelo governo das regras para a fonte. “Temos uma experiência fora do Brasil com a fonte e visamos começar esse desafio no Brasil”, observa.

Para Carolina Bunting, gerente de Vendas e Originação de Gás, a empresa traz a experiência de vários mercados de gás e energia e a Shell Energy terá um papel fundamental para a abertura do mercado de gás. Segundo ela, a intenção é montar um um portfólio com várias fontes de gás e energia, gerando um efeito de otimização para as os clientes. A estratégia de comercialização também prevê a montagem de uma carteira, com a monetização de ativos de gás e energia da Shell e de terceiros. A diversificação do portfólio também é outro objetivo, de modo a atender um número maior de clientes.