Tradener alerta para o problema dos reservatórios e influência direta no custo da energia

Para executivo, o incentivo a novas fontes é importante, mas o país deve ficar atento a todas as suas matrizes energéticas

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A Tradener Comercializadora de Energia tem hoje um trabalho focado nas chamadas energias sustentáveis, com atenção especial para a matriz hídrica do país. Para o presidente da empresa, Walfrido Avila, “é fundamental para o Brasil voltar a acompanhar suas reservas hídricas, principalmente não descuidar de olhar para o futuro com um planejamento constante para seu melhor aproveitamento”.

Walfrido alerta que, caso nada seja feito, a falta de reservatórios bem estruturados fatalmente fará a tarifa da energia no Brasil aumentar para o consumidor final, em um futuro próximo. Em sua opinião, esse processo de encarecimento já começou. “O fato é que não está prevista a entrada em funcionamento de nenhum novo grande reservatório nos próximos 5 anos. Tudo o que for entrar, será complementar e não de nova estrutura”, diz ele.

Para o executivo, o incentivo a novas fontes é importante, mas o país deve ficar atento a todas as suas matrizes energéticas. “Se tivermos mais usinas térmicas gerando, isso encarece o setor. Com o aumento do dólar, também os projetos solares e eólicos tendem a trazer um aumento gradual no custo da energia”, ele argumenta, para defender que o planejamento de novos reservatórios hídricos é o caminho ideal para o país gerar uma energia que, além de ser limpa, é mais barata. “É uma questão urgente, que precisa ser imediatamente repensada”.

À frente da primeira comercializadora de energia livre do país, Walfrido Avila vem defendendo que o Brasil precisa de novos planos e políticas de longo prazo, com um planejamento energético mais alinhado às necessidades e condições do país.

“O setor elétrico está preso a decisões tomadas há décadas, e é fundamental rever algumas questões fundamentais”, aponta ele, que exemplifica com o tempo que se leva hoje para a aprovação das licenças ambientais em projetos hidrelétricos. “É plenamente possível para os órgãos públicos serem mais ágeis com essas licenças, e sem qualquer prejuízo para o meio ambiente”, aponta ele.

Outro ponto que em sua opinião poderia acelerar a geração da energia hidráulica seria uma revisão na estrutura das PCHs – limitadas a 30 MW de geração. Walfrido defende que os projetos poderiam ser ampliados dentro de um dimensionamento local de cada usina. Para ele “cada PCH deve render em geração a capacidade máxima que o dimensionamento local permitir. Hoje trabalhamos apenas com o chamado fio d’água. Nossas PCHs poderiam sem nenhum problema trabalhar com reservatórios de curto prazo, com ganhos econômicos significativos – mais geração a menor custo”.

Ele complementa que “as soluções efetivas existem e não tem mais cabimento manter medidas paliativas, que forçam o consumidor a reduzir o consumo mas não resolvem a longo prazo o problema do aumento no custo da energia. As bandeiras vermelhas que fiquem representando ideais onde couber, mas no setor elétrico o Brasil precisa urgentemente mergulhar num processo de planejamento para aumentar seus reservatórios hídricos.”